Prova Policial
Rodoviária Federal - caderno 1
Texto
para as questões 6 a 8.
Violência
no trânsito
Se
quase sempre é difícil fazer uma autoavaliação, é impossível adivinhar o estado
de espírito do motorista ao lado. Assim, uma atitude preventiva – e, por que
não, defensiva – é a melhor maneira de não se envolver em situações de
violência. O psiquiatra forense Everardo Furtado de Oliveira afirma que é
possível prevenir uma briga, evitando, por exemplo, contato de olhos com o condutor
agressivo, não fazer ou revidar gestos obscenos, não ficar na cola de ninguém e
não bloquear a mão esquerda, por exemplo. Medalhista olímpico em 1992, o judoca
Rogério Sampaio não pensa muito diferente: “Respire fundo, tenha consciência de
que não vale a pena brigar e, principalmente, pense em sua família”.
Com o
objetivo de entender o comportamento do motorista e do pedestre capixaba e
desenvolver ações para melhorar o tráfego, o Detran do Espírito Santo
entrevistou quase 400 motoristas. A pesquisa, coordenada pelo antropólogo
Roberto DaMatta, mostrou que desprezo às regras, agressividade e despreparo são
características dos motoristas entrevistados. “O que o condutor pensa quando
está dentro do carro é que a ele é dado o direito de ser imprudente de vez em
quando. Para os nossos erros, procuramos muitas desculpas.Aquele que cumpre a
lei é visto como alguém em uma posição inferior, um fraco”, diz Luciene
Becacici, diretora-geral do órgão.
Em
Brasília (DF), a tese de doutorado sobre o trânsito da cidade defendida pela
psicóloga Cláudia Aline Soares Monteiro envolveu uma pesquisa com 923
motoristas. “Dos entrevistados, 84% afirmaram sentir raiva enquanto dirigem.
Pessoas que tinham mais tempo de habilitação e dirigiam com maior frequência
cometiam mais erros e eram mais agressivas”, diz Cláudia. Segundo o trabalho,
quanto maior o nível de escolaridade da mulher, mais ela se irrita no tráfego.
A situação é inversa para o sexo masculino. Além disso, os que mais cometem
infrações são jovens com idade entre 18 e 27 anos, solteiros e sem filhos. A
situação que mais deixa os homens nervosos é ter avanço impedido do veículo. Já
as mulheres se irritam com direção agressiva por parte de outros
motoristas.
[...]
O
trânsito é um ambiente de interação social como qualquer outro. “O carro é um
ambiente particular, mas é preciso seguir regras, treinar o autocontrole e
planejar os deslocamentos. É um local em que é preciso agir com civilidade e
consciência”, diz a hoje doutora em trânsito Cláudia Monteiro.
Ao
contrário do que pode parecer à primeira vista, o carro não é o escudo protetor
que se supõe. Exercitar a paciência e o autocontrole não faz parte do currículo
das autoescolas, mas são práticas cada vez mais necessárias à sobrevivência no
trânsito.
Internet:
http://quatrorodas.abril.uol.com.br/reportagens/conteudo_288447.shtml. Acesso
em 29/8/2009, com adaptações.
Questão 8
Assinale a
alternativa em que se encontra o mesmo recurso de linguagem empregado em “o
carro não é o escudo protetor que se supõe”.
A) O
Brasil quer ver o alto índice de acidentes de trânsito diminuir.
B) Prevaleceu
no caso a sua vontade de ferro.
C) Precisamos
proteger as árvores e os rios.
D) As
folhas finas fazem felizes os homens.
E) Tudo que
sei é que nada sei.
Qual
das alternativas acima você acha que está correta? Comentem esta postagem,
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Gabarito b
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